CAMILLE PISSARRO
Jacob Abraham Camille Pissarro
Charlotte Amalie, Ilha de São Tomás, Indias Ocidentais
Dinamarquesas 1830 - Paris, França 1903
Pintor e co-fundador do Movimento Impressionista,
o único que participou das oito exposições do grupo
(1874-1886).
O seu pai, Abraham Frederic Gabriel Pissarro, 
era português, judeu de Bragança, que no final 
do século XVIII, emigrara com a sua familia para Bordéus, onde existia uma comunidade significativa de judeus portugueses refugiados da Inquisição.
A mãe era crioula e tinha o nome de Rachel Manzano-Pomie

Aos 11 anos Camille foi enviado a Paris para estudar


num colégio interno. Algum tempo depois, voltou para a ilha
São Tomás, a fim de tomar conta dos negócios da familia,
mas, a sua paixão pela pintura fê-lo mudar de vida: em 1852
fez amizade com o pintor dinamarquês Fritz Melbye,
e surgiu o convite para acompanha-lo numa expedição
do governo das Antilhas Dinamarquesas, para estudar
a fauna e a flora na Venezuela, onde passou dois anos.
Em 1855, já em Paris, se fascinou com as telas de Camille
Corot, e travou amizade com Paul Cézanne e Claude Monet,
com quem passou a sair para pintar ao ar livre, em Pontoise
e Luoveciennes. 
Em 1861 casou com Julie Vellay, com quem teve oito filhos.
No decorrer da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871),
na qual todos seus quadros foram destruídos, 
morou na Inglaterra. Quando voltou, começou a pintar
na companhia de Cézanne, com o objetivo de descobrir
novas formas de expressão.
Pissarro foi um dos primeiros impressionistas a recorrer
à técnica de divisão das cores através de manchas de cor
isoladas.
Durante os anos 1880, juntou-se a uma nova geração
de pintores, os neo-impressionistas Georges Seurat
e Paul Signac, criadores do Pontilhismo e do Divisionismo.
A partir de 1885, militou nas correntes anarquistas,
criticando severamente a sociedade burguesa francesa.
A obra de Pissarro se caracteriza por uma paleta
de cores cálidas e pela firmeza com que consegue captar
a atmosfera, por meio de um trabalho preciso da luz.
A estrutura dos seus quadros encontra total correspondência
na obra de Cézanne, já que foi mútua a influência 
entre ambos. Como professor, teve como aluno a Paul Gauguin, a quem aconselhou a utilização das cores
em seu estado puro, conselho citado mais tarde por Gauguin nas suas cartas da Martinica.
Camille Pissaro morreu em Paris em 13 de novembro
de 1903.

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