sábado, 29 de abril de 2017

"Os Desastres da Guerra" é uma série de 82 água-fortes
realizadas por Goya entre 1810 e 1815. O horror da guerra
é mostrado especialmente cru e penetrante nesta série.
As estampas detalham as crueldades cometidas na guerra
da Independência Espanhola durante a Invasão Napoleónica.
A primeira edição apareceu em 1863, publicada por iniciativa
da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando. Seguiram-se outras em 1892, 1903 e 1906.
Goya, que vivia em Madrid, emprendeu uma viagem para
Saragoça entre 2 e 8 de outubro de 1808, por encomenda
do general Palafox, para conhecer e representar 
os acontecimentos dos sítios de Saragoça. No transcurso
deste trajeto pôde contemplar cenas de guerra 
que se refletem também em outras pinturas de execução
contemporânea a "Os Desastres da Guerra", como
"Os Fusilamentos de 3 de Maio". 
Goya agia como um "repórter" sobre o terreno, 
onde a presença da morte é uma constante em todas
suas formas e circunstâncias.
"Os Desastres da Guerra" supõem uma visão da guerra
na qual a dignidade heroica desapareceu, 
uma das características da visão contemporânea 
dos conflitos. 
O único que aparece em Goya é uma série de vítimas,
homens e mulheres que sofrem, padecem e falecem
numa gradação de horrores. Denuncia as consequências
sofridas pelos civis, despojados da parafernália bélica.
É uma obra precursora das reportagens de guerra 
da imprensa atual.

dados extraídos da Wikipédia

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