quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
DADAISMO
Texto informativo
  

MARCEL DUCHAMP - "Roda de Bicicleta" - 1913


O Dadaismo ou Movimento Dada foi um movimento
da chamada vanguarda artística moderna, iniciado
em Zurique, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial,
no chamado Cabaret Voltaire, formado por escritores,
poetas e artistas plásticos, dois deles desertores
do serviço militar alemão, liderados por Tristan Tzara,
Hugo Ball e Hans Harp.
Embora a palavra dada em francês signifique cavalo
de madeira, sua utilização marca a falta de sentido
que pode ter a linguaguem (como na fala de um bebê).
Para reforçar esta idéia estabeleceu-se o mito
de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se
uma página de um dicionário e inserindo um estilete
sobre ela, de forma a simbolizar o caráter irracional
do movimento, claramente contrário a guerra e aos padrões
da arte estabelecida da época. 
Em poucos anos, o Dadaismo alcançou, além de Zurique,
as cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, 
New York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início
posteriormente ao Surrealismo, e seus parámetros
influenciaram a arte até hoje.
Diz Tristan Tzara: "Eu redijo um manifesto e não quero nada,
eu digo portanto certas coisas e sou por princípio
contra manifestos. Eu redijo este manifesto para mostrar
que é possível fazer as ações opostas simultaneamente,
numa única fresca respiração; sou contra a ação
pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não
sou nem pró nem contra e não explico por que odeio
o bom-senso".
O impacto causado pelo Dadaismo justifica-se plenamente
pela atmosfera de confusão e desafio à lógica sugerido
por ele, optando por expressar de modo inconfundível
suas opiniões acerca da arte oficial e também das próprias
vanguardas.
O Dada veio para abolir de vez a lógica, a organização,
a postura racional, trazendo para a arte um caráter
de espontaneidade e gratuidade total.
o principal problema de todas as manifestações artísticas
estava, segundo os dadaistas, em almejar algo que era impossível: explicar o ser humano. Na esteira de todas
as outras afirmações retumbantes, Tzara decreta: " A obra
de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque 
a beleza está morta".
No seu esforço por expressar a negação de todos os valores
estéticos e artísticos correntes, os dadaistas usaram
com frequência, métodos deliberadamente incompreensíveis. Nas pinturas e esculturas, por exemplo,
tinham por hábito aproveitar pedaços de materiais encontrados pelas rúas ou objetos que haviam sido jogados fora. Vamos encontrar esse tipo de prática, anos mais tarde, nos anos 50, nos artistas da Pop Art.

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