segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

CLAUDIA ANDUJAR
Neuchâtel, Suiça 1931
Fotógrafa, naturalizada brasileira.
Claudia mudou-se para os Estados Unidos
após perder quase toda sua família durante
a Segunda Guerra Mundial. Em New York,
conheceu Julio Andujar, refugiado da Guerra
Civil Espanhola, com quem se casou em 1949.
Separaram-se poucos meses depois, quando Julio foi enviado para a Guerra da Coréia.
Em 1955, Claudia chegou em São Paulo, onde vivia
sua mãe, naturalizando-se brasileira.
Começou a viajar pelo Brasil e pela América Latina,
publicando suas imagens em revistas brasileiras 
e extranjeiras.
Por orientação de Darcy Ribeiro, entrou em contato
com índios pela primeira vez em 1958, durante uma visita
à ilha do Bananal, terra dos Karajá. 
Algumas dessas imagens foram compradas pelo fotógrafo Edward Steichen, então diretor do Museu de Arte Moderna de New York, e depois foram publicadas pela revista "Life".
A partir de 1967, começou a colaborar com a revista Realidade, da editora Abril de São Paulo, junto com seu segundo marido, o fotógrafo norte americano George Love.
Em 1971, uma edição especial da revista sobre Amazônia
a conduziu até os Ianomâmi.
Esta viagem representou um divisor de águas 
em sua carreira e em sua vida.
No intuito de se aprofundar no entendimento dessa cultura,
Claudia decidiu abandonar São Paulo e o fotojornalismo,
indo viver entre Roraima e Amazônas em tempo integral.
Para isso contou com o apoio de duas bolsas: da Fundação
Guggenheim, de (1971-1976), e FAPESP (1976).
Em 1978, após ser enquadrada na Lei de Segurança Nacional, pelo governo militar, e ser expulsa do território
indígena pela FUNAI, retornou a São Paulo e organizou
um grupo de estudos em defesa da criação de uma área
indígena Ianomâmi. Este foi o embrião da Ong "Comissão
Pela Criação do Parque Ianomâmi", hoje "Comissão Pró
Ianomâmi". Claudia assumiu então a coordenação
da campanha pela demarcação desta terra indígena, o que finalmente ocorreu em 1992.
Ao assumir o ativismo político em prol da causa Ianomâmi,
Claudia foi diminuindo progressivamente sua atividade
fotográfica ao longo dos anos 80, justamente quando
a mobilização em torno da demarcação ia ganhando força.

Livros publicados:
"Amazônia" (em parceria com George Love) - 1978
"Mitopoemas Ianomâmi" 1979
"Ianomâmi Frente ao Eterno"  1979 
"Misa da Terra Sem Males" - 1982

dados extraídos da Wikipédia       

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