segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
FLAVIO SHIRÓ
EXPRESSIONISMO ABSTRATO
E FIGURAÇÃO FANTÁSTICA

FLAVIO SHIRÓ - Flavio-Shiró Tanaka
Sapporo, Japão 1928
Pintor e gravador
Shiró é o filho caçula de quatro irmãos, de Massami Tanaka, dentista de profissão e intelectual dotado de habilidades artísticas, e Ai Iwane, musicista. Em 1932 a familia emigrou
para o Brasil, fixando-se numa colônia de japoneses fundada
em Tomé Açu (PA). Ali, os Tanaka permaneceriam sete anos, entregando-se o pai à profissão e, nas horas vagas,
pintando retratos. Shiró se recorda de seu pai naqueles tempos: "ele reproduzia os rostos com uma perfeição inigualável. Tinha uma paciência infinita, desenhava cabelo
por cabelo, era meticuloso nos traços". À mãe, musicista,
tocava koto e shamissen, e mais tarde, ao se transferirem
para São Paulo, chegou a dar concertos desses dois 
dificílimos instrumentos nipônicos.
A morte de uma irmã de Shiró, aos 18 anos, de apendicite,
fez com que a família abandonasse Tomé Açu, e procurasse
São Paulo em 1940. A situação agravou-se: o diploma de
odontologia do pai não era reconhecido, e os japoneses
passaram a ser hostilizados a partir de 1941, por causa da
guerra. "Meu pai poderia ter comprado um diploma, mas
recusou-se, era homem escrupuloso" disse Shiró.
"Fomos morar em Mogi das Cruzes, primeiro, onde trabalhamos nas plantações de chá de conhecidos.
Depois, em São Paulo, na rua Bueno de Andrade e em seguida na rua Augusta, onde abrimos uma quitanda. Eu era
o entregador".
Na Escola Profissional Getúlio Vargas, que passou a frequentar mais tarde, Shiró fez amizade com outros futuros
artistas como Otávio Araujo, Marcelo Grassmann e Luiz Sacilotto. Comparece as sessões de modelo vivo do Grupo
Santa Helena, surgem as primeiras pinturas. Aos 19 anos
participa da mostra "19 Pintores", expondo paisagens 
e naturezas-mortas expressionistas. Trabalha como letrista
na Metro Golwyn Maier. Muda para o Rio de Janeiro 
e torna-se ajudante na molduraria do pintor Tadashi Kaminagai (1899-1982) a quem seu pai confiara sua educação artística.
Em 1949, faz a sua primeira exposição individual no Diretório
Acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes com apresentação de Antônio Bento.
Em 1953, reside em Paris com bolsa de estudos, cursa
mosaico com Gino Severini, e gravura em metal e litografia
com Friedlaender.
Do ponto de vista do estilo, a pintura de Flavio Shiró tem
atravessado vários estágios, começando pelo figurativismo
expressionista dos quadros expostos em 1947 na mostra
dos 19.
Vem em seguida uma fase de progressivo afastamento
da representação, e no fim da década de 1950 Shiró foi
um dos pioneiros do Expressionismo Abstrato no Brasil.
Em meados da década seguinte, seria dos primeiros adeptos
da "Nova Figuração", incorporando por vezes, elementos fantásticos, oscilando entre as vertentes figurativa e não
figurativa, numa ambiguidade deliberada que leva o espectador através de formas sugeridas, a criar "a sua"
representação do mundo real.

dados extraídos da Wikipédia


FLAVIO SHIRÓ


FLAVIO SHIRÓ - "Origem do tempo - óleo - 128 x 127 cmts, - 1988


FLAVIO SHIRÓ - "Ser" - óleo - 110 x 200 cmts. - 1962


FLAVIO SHIRÓ - "Sortilège" - óleo - 134 x 195 - 1967


FLAVIO SHIRÓ - óleo


FLAVIO SHIRÓ - "Anatomia da guerra" - óleo - 120 x 190 cmts. - 1965


FLAVIO SHIRÓ - "Babilônia" - óleo - 124 x 192 cmts. - 1968


FLAVIO SHIRÓ - Autorretrato - desenho e colagem - 1983


FLAVIO SHIRÓ - carvão - 1986


FLAVIO SHIRÓ - carvão 1986


FLAVIO SHIRÓ - Autorretrato


FLAVIO SHIRÓ - "L'enfant dês sortileges" - óleo - 1983


FLAVIO SHIRÓ


FLAVIO SHIRÓ - "La Marseillaise" - óleo e carvão - 89 x 116 cmts. - 1974


FLAVIO SHIRÓ - "O sexto dia" - óleo e carvão - 126 x 131 cmts. - 1976-77


FLAVIO SHIRÓ - "Vigia" - óleo e carvão - 131 x 195 cmts. - 1974-75


FLAVIO SHIRÓ - "Macunaima. Homenagem a Joaquim Pedro" - carvão e óleo - 130 x 195 cmts. 1975