terça-feira, 21 de outubro de 2014

BECKMANN - Auto retrato - xilogravura


BECKMANN


BECKMANN - Auto retrato - óleo

 - a

BECKMANN - "A Noite" - óleo


CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
OTTO DIX
EXPRESSIONISMO - NOVA OBJETIVIDADE
ANTI-BELICISMO

Também

OTTO DIX
Gera 1891 - Singen, Alemanha 1969
Foi um pintor expressionista, veterano da Primeira
Guerra Mundial, cuja obra é dominada pela temática
anti-bélica, que posteriormente aderiu ao movimento
da "Nova Objetividade".
É autor de um famoso tríptico onde retrata a miséria
da guerra e pós-guerra nos anos 30.
Depois do ensino fundamental, ele se tornou aluno,
em 1910, da Escola Dresden de Artes.
No desencadeamento da Primeira Guerra Mundial
em 1914, Dix se voluntariou para o exército alemão
e foi designado para um regimento de artilharia de campo
em Dresden. No outono de 1915 foi enviado para a Frente
Ocidental, quando serviu como oficial não comissionado
numa unidade metralhadora. Ele estava no Somme durante
a maior ofensiva aliada, no inverno de 1916. 
Foi ferido varias vezes e quase morreu quando um estilhaço
de granada o atingiu no pescoço.
Em 1917 lutou na Frente Oriental, e depois da Rússia
negociar a paz com a Alemanha, retornou para a França
onde participou da Ofensiva da Primavera Alemã. Até o fim
da guerra tinha ganho a cruz de ferro e alcançado o posto
de vice-sargento-mayor.
Depois da guerra, suas pinturas e desenhos se tornaram 
gradativamente mais politizados. Dix, da mesma forma que George Grosz, outro expressionista que produziu varias obras sobre este tema, se revoltou com o desleixo com que eram tratados os ex-soldados na Alemanha. Isto se refletiu nas suas pinturas Aleijados de Guerra (1920), Açougue (1920) e Ferido de Guerra (1922). Em 1923 sua pintura
A Trincheira foi adquirida pelo museu Wallraf-Richartz.
Quando a pintura foi exibida em 1924, as suas imagens de corpos decompostos em uma trincheira alemã criou tanto
alarde público que o diretor do museu, Hans Secker, foi
obrigado a pedir demissão do cargo. Nesse mesmo ano,
Dix se juntou com outros artistas que tinham lutado na
Primeira Guerra Mundial, para uma exibição móvel de pinturas chamada Chega de Guerra! Também produziu
um livro de gravuras A Guerra (1924), que foi descrito
como "a maior e mais poderosa declaração anti-bélica
da arte moderna". Para realizar essas ilustrações, Dix
fez grande uso de fotografias tiradas de soldados alemães
que foram severamente desfigurados pelo conflito, e trabalhou durante seis meses nas que foram consideradas as suas obras primas Metrópole (1928) e Guerra de Trincheiras (1932). No painel do lado esquerdo de Metrópole
ele se auto retratou como um aleijado de guerra entrando
em Berlim e sendo recepcionado por uma fileira de prostitutas que o chamavam. Guerra de Trincheiras, é um
tríptico, com os três paineis dispostos de forma semelhante aos retablos das igrejas medievais, que trata mais diretamente do tema dos combatentes.
Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha.
O governo nazista não gostava das pinturas anti-militaristas
de Dix e providenciou que ele fosse demitido de seu posto
de tutor de arte da Academia Dresden. A carta de demissão
dizia que o seu trabalho "ameaçava minar a vontade do povo
alemão de se defender".
Ele deixou Dresden e foi viver perto do lago Constance
no sudeste da Alemanha. Logo depois, duas de suas pinturas A Trincheira e Aleijados de Guerra, apareceram numa das exibições que os nazistas organizavam com as obras confiscadas aos artistas e museus, e que denominavam de Arte Degenerada, com
o propósito de desacreditar a arte moderna. A exposição
intitulada Reflexos da Decadência, foi realizada na Câmara
Municipal de Dresden. Mais tarde, varias das pinturas anti-
guerra de Dix, foram destruídas pelo governo.
Depois que os nazistas subiram ao poder, os artistas
só podiam trabalhar, comprar materiais e mostrar seu trabalho, se fossem membros da Câmara Imperial de Belas Artes. A associação era controlada pelo governo, é em 1934
Dix obteve a permissão de se tornar membro em troca de concordar em pintar paisagens ao invés de assuntos
políticos.
Durante este período ele também produziu pinturas que
continham ataques codificados ao governo nazista.
Em 1939 foi preso e indiciado por suspeita de envolvimento
em um complô contra a vida de Hitler.
Entretanto, foi consequentemente solto e as acusações foram retiradas.
Na Segunda Guerra Mundial, Dix foi recrutado no Volkssturm
(Guarda Nacional). Em 1945, foi forçado a se juntar ao exército alemão, e no fim da guerra foi capturado e preso
em um campo de prisioneiros de guerra.
Solto em fevereiro de 1946, ele retornou a Dresden, uma cidade virtualmente destruída pelos bombardeios pesados.
Otto Dix morreu em 1969. 

dados extraídos da Wikipédia