quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Siqueiros - "Exercício Plástico" ---


Siqueiros - "Exercício Plástico" ---


Siqueiros - "Exercício Plástico" ---


Siqueiros - "Exercício Plástico" ----


CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
OS MURALISTAS
JUAN CARLOS CASTAGNINO
JUAN CARLOS CASTAGNINO nasceu em Camet,
um vilarejo próximo da cidade litorânea de Mar del Plata, em 1908,
e faleceu em Buenos Aires em 1972.
Era arquiteto, pintor muralista e hábil desenhista,
principalmente no desenho a pincel,
aprendido com os mestres chineses do nanquim,
numa viagem que fez a Pekim em 1952.
No final da década de 20 ingressa ao Partido Comunista Argentino.
Em 1933 integrou, junto a Lino Enea Spilimbergo, de quem foi discípulo,
e Antonio Berni, a equipe de pintores que realizaram,
com direção do muralista mexicano David Alfaro Siqueiros,
o projeto mural "Ejercício Plástico", já citado em aula anterior.
Em 1946 participou do projeto de mural coletivo para decorar
a cúpula das Galerias Pacífico, hoje um grande shopping,
no centro de Buenos Aires, e dez anos mais tarde,
os murais da Galeria San José, no tradicional bairro portenho de Flores.
Em 1962, a convite de EUDEBA, Editorial Universitária de Buenos Aires,
ilustra o clássico "Martin Fierro" de José Hernández, relato em versos
dos dramas e perseguições sofridas pelos gaúchos a meados do século XIX,
referência cultural da Argentina.
Outro pintor de uma geração posterior aos muralistas, e discípulo destes,
que revolucionou a ilustração literária, foi Carlos Alonso,
que em 1957 produz  as ilustrações  para Don Quijote de la Mancha
de Miguel de Cervantes Saavedra, editado pela EMECE 
e em 1959, o segundo livro do poema de Hernández: "La vuelta de Martin Fierro".
No realismo social praticado por Castagnino, o menos expressionista do grupo,
a violência dos temas é sempre atenuada pela delicadeza do desenho e as
tonalidades pastel das gamas de cor equilibrada, ha procura de uma harmonia
e lirismo opostos a pintura "de choque" do Expressionismo.
Em contrapartida, as monumentais 'colagens pintadas" de Siqueiros, 
o mais militante dos muralistas e o incentivador do grupo,
o lirismo e a expressão sentimental, estão sempre relacionados com a justiça.
Os temas tratados por ele são da máxima violência social, e a sua resposta,
está no nível dessa violência.
A mesma atitude veremos anos mais tarde, nas "pinturas-lixão" de Antonio Berni,
produzidas com restos de sucata metalúrgica e outros detritos descartáveis
Estas obras, quando foram expostas pela primeira vez em Buenos Aires 
no inicio de 1960, causaram a repulsa e o desconcerto do bem comportado
público frequentador das galerias de arte.
As influências na pintura dos integrantes da Oficina de Mural, assim como em Rufino Tamayo, Oswaldo Guayasamin e Cándido Portinari, foram, alem do Renascimento
e a arte da antiguidade nos mexicamos, o Cubismo, analisado e "desconstruído" pelos muralistas, utilizando a geometria para  reforzar a solidez
das gigantescas composições,  a ampliação fotográfica, o acrílico e a piroxilina,
tinta utilizada na pintura de automóveis,
aplicada com pistola de ar nos murais por Siqueiros.   

Juan Carlos Castagnino ---


Juan Carlos Castagnino - "Alegoria: o campo e a cidade" - mural - detalhe - Galeria San José de Flores - Buenos Aires 1956 ----


Juan Carlos Castagnino - "Homem, Espaço, Esperança" - mural - vista parcial ---


Juan Carlos Castagnino - ""Pampa, vôo, urbe" - mural - Galeria del Obelisco - Buenos Aires 1961


Juan Carlos Castagnino - "O homem projetando o espaço" - mural - vista parcial ---


Juan Carlos Castagnino "Alegoria" - mural - detalhe ---


Fundação "Casa de Castagnino" - Buenos Aires ---


Juan Carlos Castagnino - Retrato - pastel ---


Juan Carlos Castagnino - Retrato - acrílico ---


Juan Carlos Castagnino - Auto-retrato - acrílico ---


Juan Carlos castagnino - Retrato com chale vermelho - acrílico ---


Juan Carlos Castagnino - Retrato - óleo ---