domingo, 3 de junho de 2012

O retrato fotográfico - U2 - Irlanda 1976


O retrato fotográfico - CAROLE KING - Estados Unidos 1942 - Cantora


O retrato fotográfico - ERIC CLAPTON - Inglaterra 1945 - Compositor e guitarrista


O retrato fotográfico - JOHN MAYALL - Inglaterra 1933 - Compositor e guitarrista


O retrato fotográfico - MILES DAVIS - Estados Unidos 1926-1991 - Trompetista e compositor


O retrato fotográfico - EZRA POUND - Estados Unidos 1885-1972 - Poeta


O retrato fotográfico - THELONIOUS MONCK - Estados Unidos 1917-1982 - Compositor e pianista


O retrato fotográfico - MICK JAGGER - Inglaterra 1943 - Cantor


Antes do surgimento da fotografia, mandar pintar o retrato
era privilêgio da aristocracia, significava poder e dinheiro.
Ser retratado era uma forma de manifestar a mobilidade social,
transformando-seem um objeto auxilio para auto-afirmação.
o "retrato-silhueta" se resumia a um papel cartão preto
onde era recortado o perfil das pessoas. Os retratos miniaturas
eram executados pelos pintores miniaturistas e, devido à sua dimensão,
possibilitaram aos menos favorecidos esse artigo de luxo
até então dominado pela nobreza; e o "fisionotraço" na mesma linha,
com baixos preços e grandes investimentos,
seguidos de sucesso comercial até o aparecimento da fotografia.
Nas últimas décadas do século XVIII e nas primeiras do século XIX,
à necessidade de verossimilhança juntava-se também a necessidade
de reproduzir fielmente em varias cópias omesmo original.
São de então, as tentativas com o "fisionotraçador" e com a câmara clara,
a invenção da litografia, o sucesso da silhueta. A descoberta da fotografia
faz parte dessa complexa pesquisa que mobilizava cientistas,
técnicos e artistas. A imitação mais perfeita possível da natureza e,
portanto, do homem, era um objetivo constante da arte, 
uma qualidade estética necessária. Com o aparecimento da fotografia
em pouco tempo essas três formas de retratar (silhueta, miniatura e fisionotraço)
entram em crise, e o retrato fotográfico passa a ser "a nova forma" 
de representação individual e coletiva, gerando o exercício da democracia.

Retrato-silhueta


Retrato-silhueta


Retrato-silhueta


O retrato fotográfico, atividade essencialmente dirigida
a um público aristocrático e ou burgués,
tanto pela localização dos estúdios e ponto de difusão
quanto pelos preços, indiscutivelmente mais baixos
daqueles da pintura mas não ao alcance de toda a sociedade,
como poderia nos levar a crer apressadamente as afirmações
sobre o caráter democrático do "novo meio", a fotografia revela-se
um poderoso instrumento de coesão social, pois oferece
às camadas hegemônicas um repertorio de imagens comuns
que permitem viajar no tempo e no espaço,
estabelecer um museu imaginário ideal.
A produção do retrato fotográfico era realizada em estúdios
e apresentava fortes influencias da pintura.
O modismo do estúdio fotográfico obteve grande sucesso
nos Estados Unidos e Europa entre 1840 e 1841.
A fotografia satisfacia as exigências da florescente clase media,
ávida por imagens de todos os tipos.
Por volta de 1800 grande parte da burguesia mandava fazer retratos seus,
e foi nos retratos fotográficos que a fotografia obteve
sua aceitação mais imediata. Qualquer um podia ser retratado com facilidade,
a um preço acessível. A fotografia tornou-se, assim,
uma projeção de valores democráticos.