O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Não, nem tudo está perdido. Porque houve Goeldi,
santo homem que tive o privilégio de conhecer em pessoa,
e Grassmann. Com esses e outros mestres do traço, com
esses e os poetas da cor, cujas obras me nutriram, na juventude,
em minhas peregrinações por museus, foi que meus olhos de
menino espantado começaram a ver sob aparência das coisas.
A educação pelo traço, para um escritor, é essencial: assim como
as palavras, tendo plasticidade e contorno, são os desenhos imperfeitos
que ele consegue fazer, assim o corte, o gesto, o risco, as incisões
praticadas por artistas na superficie do mundo é que lhe abrem
com mais proveito e largueza as portas da percepção dos
fenômenos.
Nem tudo está perdido. Se o ambiente de arte já foi contaminado
pela corrupção do gosto, se o lixo visual e sonoro nos enche olhos
e ouvidos, pelas ruas, das mais inúteis bobagens, se um comercialismo vulgar se sacraliza sob o nome pomposo de Mercado, deus da lábia
de ouro que ludibria e seduz, nada disso constitui no Ocidente, entretanto,
uma novidade nefasta estruturada ou surgida em nossos dias. Ha quase 200 anos, em nossa banda do planeta, essas situações se repetem, tenazes
como as doenças crônicas.
Schopenhauer, num conjunto de textos publicados em 1851,
Parerga und Paralipomena, denunciou que os mesmos males
já grassavam então na arte literária. Ao contrapor-se aos "livros ruins" de sua época, que, segundo ele, eram "escritos exclusivamente com a intenção
de ganhar dinheiro", o filósofo considerou-os "não apenas inúteis, mas
realmente prejudiciais", sendo taxativo ao dizer "Nove décimos de toda
nossa literatura atual não têm nenhum outro objetivo a não ser tirar alguns
trocados do bolso do público..." / Sejan livros, sejam quadros ou outros
objetos de arte, todos sabemos, só não vê quem não quer, que esa mesmice
se prolonga até hoje, agravandose à medida que a corrupção do gosto
se generaliza e que a fome de lucro fácil se orienta para a valorização do
que é ruim, mal feito, xaroposo, vazio de conteudo e por conseqüência
nocivo. Uma "abundabte erva daninha", como escreveu Schopenhauer
no século 19, "que tira a nutrição do trigo e o sufoca".
LEONARDO FRÓES - Rio de Janeiro
Remanescentes da milenar tradição
de forja da China, apareceram durante
os anos 50, em todas as cidades japonesas,
os "bueiros decorados", geralmente ilustrados com
imagens que representam a paisagem do
país. Muitos destes tampos são trabalhados
em baixo relevo no ferro, técnica semelhante
a xilogravura. Em muitos casos estes relevos
são pintados, se asemelhando aos vitrais.
Os motivos e estilos mudam de acordo
com as cidades de cada região.
Assinar:
Postagens (Atom)