segunda-feira, 5 de setembro de 2011

RASEC - escultor

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"Eu tenho desejo de uma arte que, social sempre, tenha uma liberdade mais estética em que o homem possa criar a sua forma de belezas mais convertido aos seus sentimentos e justiças do tempo da paz. A arte é filha da dôr, é filha sempre de algum impedimento vital. Mas o bom, o grande, o livre, o verdadeiro será cantar as dôres fatais, as dôres profundas, nascidas exatamente desta grandeza de ser e de viver.

RASEC - escultor

TRIMANO - "O escultor Rasec" - nanquim e guache - 1985

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RASEC - escultor

Ha-de ser sempre amargo ao artista verdadeiro, não sei si artista bon, mas verdadeiro, sentir que se esperdiça dêste jeito em problemas trasitórios, criados pela estupidez da ambição desmedida. Um dia o grão pequenino do café nunca mais apodrecerá largado no galho. Nunca mais os portos de todos hão-de se esvaziar dos navios portadores de todos os beneficios da terra. Nunca mais os menos favorezidos de fôrças intelectuais estarão nos seus lugares, porque não tiveram ocasião de se espandir em suas realidades. Não terão mais de partir, na busca lotérica do pão. Então estarão bem definidas e nítidas pra todos as grandes palavras do verbo.

RASEC - escultor

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RASEC - escultor

Terá fraternidade verdadeira. Existirá o sentido de igualdade verdadeira. E o poeta será mais verdadeiro. Então o poeta não "quererá" ser, se deixará ser livremente. E há-de cantar mandado pelos sofrimentos verdadeiros, não criados artificialmente pelos homes, mas derivados naturalmente da própria circunstância de viver..." Mario de Andrade - Poesias Completas

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