O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
ROBERT CAPA (Endre Erno Friedmann) nasceu
em Budapeste - Hungria, em 1913 e morreu no
Vietnã em 1954 / Foi um dos mais célebres fotógrafos
de guerra. Capa cobriu os mais importantes conflitos
da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola,
a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Árabe-Israelense de
1948, e a primeira Guerra da Indochina.
Durante os seus estudos secundários sente-se atraido
pelos meios culturais marxistas. Fichado pela policia,
teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde se inscreve na
Faculdade de Ciências Políticas e se aproxima do jornalismo.
Trabalha durante um tempo na "Dephot",
a maior agência alemã de jornalismo da época. Em 1931
começa sua carreira de fotógrafo com um expressivo
flagrante de León Trotzky, discursando durante um
congresso em Copenhaguem.
O aparecimento do nazismo e a religião
judaica de Robert fazem com que tenha
que deixar Berlim em 1932, dirigindose
a Viena e depois París. Em 1934 conhece
a fotógrafa polonesa Ferda Taro e juntos criam
o personagen Robert Capa, repórter mítico
de nacionalidade estado unidense. Em 1936
Capa e Ferda Taro partem em reportagem para
o meio da Guerra Civil, na Espanha, onde Ferda
encontra morte trágica no ano seguinte. / Em 1938, Capa
vai a China para fotografar o conflito sino-japonés,
retornando a Espanha em 1940, logo que a França
cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os
Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a
revista "Life". Em 1944 participa do desembarque
de Normandia, o Dia "D". Depois da guerra, junto
a David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George
Rodger, funda a agência "Magnum". Robert Capa
ficou conhecido mundialmente pela sua foto
(A Morte do Soldado Legalista) tirada durante a
Guerra Civil Espanhola
Capa morreu na guerra da Indochina em maio de 1954,
ao pisar sobre uma mina terrestre.
"Os animais lutam, mas não fazem guerra.
O homem é o único primata que planeja o exterminio
dentro de sua própria espécie e o executa entusiasticamente
e em grandes dimensões. A guerra é uma de suas invenções
mais importantes; a capacidade de estabelecer acordos de paz
é provavelmente uma conquista posterior."
Guerra é um confronto sujeito a interesses
da disputa entre dois ou mais grupos distintos
de individuos mais ou menos organizados,
utilizandose de armas para tentar derrotar o
adversário. Expressões como "guerra econômica"
e "guerra psocológica" designam também os
confrontos provocados pelos pequenos conflitos
efervescentes agudos com ações igualmente violentas
mas sem o uso de armas, necessáriamente. O confronto
ou guerra pode ter motivos religiosos, étnicos, ideológicos,
econômicos, territoriais, de vingança ou de posse (quando
um grupo deseja algo do outro). A "guerra fria" ocorre quando
nações digladiam-se pela liderança global, através de conflitos
indiretos, de corrida armamentista e tecnológica, "espionagem"
ou "subversão", guerras por procuração e guerras doutrinárias,
sempre evitando o confronto militar direto, uma vez que este,
na era nuclear, levaria a uma escalada de aniquilação. A "guerra
nuclear", "guerra psicológica" ou de propaganda é manipulada
de dentro do sistema, e pode ocorrer mediante a transmissão
de informações falsas ou assistência médica, por exemplo.
Na "guerra psicológica" se manobra a fidelidade do povo ao
suprir-lhe precariamente suas necessidades básicas sem
intenção de viabilizar soluções. Aparentando apoio e atenção, mas
sem perder o foco voltado em mantê-lo atado e fiel através do medo,
ignorante do fato de que se trata apenas da manutenção de sua mísera
sobrevivência. Dessa forma o interessado os mantem calados, pasivos,
inoperantes e gratificados. Mantendo-os temerosos com seu futuro e
ignorantes de cultura e informações de verdade, o interessado não
terá oponente: "uma mentira dita varias vezes, acaba transformando-se
em verdade, se não tiver respaldo legal que a negue..." afirmou Goebbels,
ministro de propaganda da Alemanha nazista.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Guerra nuclear ou "terror atômico" também
conhecida como "terrorismo estressante" em
que foguetes de alcance mundial são utilizados
para causar destruição total e, irreverssível no
oponente. A ameaça de terror iminente, da
espada de Demóscrito sobre a cabeça da humanidade
sempre existiú, de haver o fim do mundo, o que
inspirou de fato a "guerra fria" entre URSS e EUA
(1945-1989). A síntese desta modalidade de tensão
estratégica foi a "destruição mutua assegurada" ou
"mutual assured destruction" (mad) em inglés, também
significa "louco" ou "estressante". Esta lógica garantiria
que, se um lado atacasse, o outro revidaria com força
total, e ambos acabariam destruidos. Outra forma de
"terror atõmico" foi a estratégia proposta pelos EUA:
em último caso, atacar preventivamente alguns pontos
estratéticos dos seus inimigo , para assim neutralizar
uma possível reação nuclear destes. Esta seria conhecida
como "estratégia de alvos de uso nuclear", ou "nuclear
utilization target strategies" (ou apenas) "nuts", em inglés:
"maluco".
A guerra biológica envolve como tática o uso de
agentes biológicos nocivos como virus ou bactérias.
É possível considerar que o uso de táticas deste tipo
foram utilizadas de forma cosciente pelos atacantes
em diversos momentos da história da humanidade.
A conquista da América teria inaugurado a guerra
biológica em larga escala, pois os europeus trouxeram
consigo doenças que dizimaram as populações nativas.
No século XX armas biológicas foram intensamente
utilizadas durante a segunda guerra mundial, pelas forças
japonesas que atacaram a China, e durante a guerra da
Coreia. O governo socialista de Cuba sempre acusou os
EUA de pulverizar pragas sobre as suas plantações.
A chamada "guerra química" foi utilizada de forma ampla
pela primeira vez na primeira guerra mundial (1914-1918)
e envolve a utilização do "gas mostarda": guerra Irã-Iraque
(1980-1988), e o "napalm" usado pelos EUA na invasão e
guerra do Vietnã (1959-1975)
A maior parte das guerras envolvem motivações
econômicas, que vão desde a posse de bens ou
riquezas, até o controle de recursos estratégicos.
Podem ter por obgetivo a conquista de territórios,
recursos e mercados ou a eliminação de sistemas
político-econômicos competidores rivais. São mais
pronunciadas nas guerras modernas, quando os
estados já são orientados por uma lógica mais
industrial-financeira e recursos muitas vezes raros
tornam-se assenciais em determinados processos
produtivos. Teoricamente, conflitos deste tipo
tenderiam a ser analizados pelos beligerantes em
função de seu custo e beneficio. Quando bem planejadas,
os alvos são claramente definidos. (Infra-estrutura
do adversário) e as ações militares buscam a resolução
mais rápida possível, minimizando baixas e custos.
A imposição de ideias: este tipo, mais amplo, é gerado
tanto por fatores isolados (religião, política ou economia)
ou pelo simples fato de considerarem-se superiores aos
outros. De grupos que consideram as caracteristicas pessoais
que posuem como sendo perfeitas, considerando todas as outras
obsoletas. Neste tipo normalmente se atacam a cultura de
determinado povo ou grupo rival, exterminando seus
conhecimentos, suas ideias e opiniões sociais. Como exemplo
pode-se citar os holocaustos bibliograficos, onde os alvos
principais são os centros retentores de conhecimento,
as bibliotecas. / "Sobre a Guerra" - Wikipédia Google
domingo, 16 de janeiro de 2011
ALUÍSIO AZEVEDO / São Luís do Maranhão 1857 -
Buenos Aires - Argentina 1913 / Concluindo os preparatórios em
São Luís, muda-se para o Rio de Janeiro em 1876, onde prossegue
estudos na Academia Imperial de Belas Artes, obtendo o título
de subsistência imediata, oficio de colaborador caricaturista de jornais.
Em 1981, ano de reivindicações abolicionistas, publica o romance
"O Mulato", que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru
com que desnuda a questão racial, se revelando um abolicionista
convicto. / "O Cortiço", publicado em 1890, representa um marco do
naturalismo no Brasil, onde os principais protagonistas são os moradores
de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os
excluidos, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, todos
eles possuindo os problemas e vicios decorrentes do meio em que vivem.
O autor descreve a sociedade carioca da época, formada pelos portugueses,
os burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro
e poder. pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria
dos outros. / Aluisio descreve o coletivo, explicitando a animalização do ser humano.
Evidenciando a desigualdade social vivenciada pelo Brasil, juntamente com
a ambição do capitalismo selvagem. Em 1895 ocupa cargo diplomático, servindo
na Europa, e posteriormente no Paraguay e na Argentina. Em 1910, feito cônsul
de primeira clase, instala-se em Buenos Aires, onde vem a falecer três anos
depois.
CARLOS CLÉMEN - Buenos Aires - Argentina 1942.
Pintor e ilustrador. Residente no Brasil desde 1971,
Clémen destacou-se nos anos 70 e 80 como ilustrador
da imprensa alternativa e do caderno "Folhetim" da Folha de São Paulo.
Na atualidade trabalha como ilustrador de temas literários e programador
visual.
Bertoleza também trabalhava forte; a sua quitanda
era a mais bem afreguesada do bairro. De manhã
vendia angu e a noite peixe frito e iscas de fígado;
pagava de jornal ao seu dono vinte mil-reis por mês,
e, a pessar disso, tinha de parte quase que o necessário para
a alforria. Um dia porém o seu homem, depois de correr meia légua,
puxando uma carga superior às suas forças, caiú morto na rua,
ao lado da carroça, estrompando como uma besta.
De alguns quartos saiam mulheres que vinham
pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio,
e os louros, á semelhança dos donos cumprimentávam-se
ruidosamente, espanejandose à luz nova do dia. / Daí a pouco
em volta das bicas, era um zum zum crescente, uma aglomeração
tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após outros lavavam a cara,
incomodamente, debaixo do fio d'água que escorria da altura
de uns cinco palmes.
O que será este pedaço d'homem? indagou a Machona da sua vizinha
de tina, a Augusta carne mole. / - A modos, respondeu esta, que vem
para trabalhar na pedreira. Ele ontem andou por lá um ror de tempo
com o João Romão. / - Aquela mulher que entrou junto será casada
com ele? / - É de crer. / - Ela me parece gente das ilhas. / -Eles o que
têm é muito bons trastes de seu!
Era oficial torneiro, oficial perito e vadio; ganhava
uma semana para gastar num dia. Às vezes porém
os dados ou a roleta multiplicavam-lhe o dinheiro,
e então ele fazia como naqueles últimos três meses;
afogava-se numa boa pandega como a Rita baiana.
A Rita ou outra. "O que não faltava por aí eram saias
para ajudar um homem a cuspir o cobre na boca do diabo".
Nascera no Rio de Janeiro, na corte, militara dos doze
aos vinte anos em diversas maltas...
No dia seguinte, Jerônimo largou o trabalho à hora
de almoçar e em vez de comer lá mesmo na pedreira
com os companheiros, foi para casa. Mal tocou no que
a mulher lhe apresentou à mesa e meteu-se logo depois
na cama, ordenando-lhe que fosse ter com João Romão
e lhe dissesse que ele estava incomodado e ficava de
descanso aquele dia. - Que tens tu, Jerônimo?.. /
- Morrinhento filha... vai anda! / - Mas sentes-te mal?.. /
- O mulher! vai fazer o que te disse e ao depois, então dalas à lingua! /
- Valha-me a virgem! Não sei se haverá chá preto na venda!
E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hábitos
singelos de aldeão português; e Jerônimo abrasileirou-se. A sua
casa perdeu aquele ar sombrio e concentrado que a entristecia;
já apareciam por lá alguns companheiros de estalagem, para dar
dois dedos de palestras nas horas de descanso, e aos domingos
reunia-se gente para jantar. A revolução afinal foi completa:
aguardente de cana...
Pombinha ergueu-se de um pulo e abriu
de carreira para casa. No lugar em que estivera
deitada o capim verde ficou matizado de pontos
vermelhos. A mãe lavava à tina, ela chamou-a
com instância, enfiando cheia de alvoroço pelo
número 15. E aí sem uma palavra, ergueu a saia
do vestido e expôs a D. Isabel as suas fraldas
ensangüentadas - Veio? perguntou a velha com um
grito arrancado do fundo d'alma. A rapariga meneou
a cabeça afirmativamente, sorrindo feliz e enrubescida.
As lágrimas saltaram dos olhos da lavadeira.
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