O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Em 1985, "mestre" Jaguar, editor do "Pasquim",
jornal tabloide que se caracterizou pela defesa
da liberdade de expressão num período de
violenta censura, me convidou para cuidar da
edição de ilustração do jornal, que nessa nova fase,
contou com projeto gráfico de Oswaldo Miranda,
o "Miran", editor da revista GRÁFICA Internacional,
de Curitiba A advertência do Jaguar foi:
vamos chamar gente nova, vamos publicar tudo mundo,
os desenhistas que carecem de espaço para
mostrar os seus trabalhos.
Nada de panelinhas, as panelinhas embrutecem!..
Aquí, algumas páginas produzidas naquele tempo,
e o texto oportuno de Noam Chomsky. /
Trimano 2010
1 - "A ESTRATÊGIA DA DISTRAÇÃO" /
O elemento primordial do controle social,
é a estratêgia da distração que consiste
em desviar a atenção do público dos
problemas importantes e das mudanças
decididas pelas elites políticas e económicas,
divulgando constantemente, informações
sem real importância. / A estratêgia da
distração é igualmente indispensável para
impedir que o público se interesse pelos
conhecimentos essenciais nas áreas de
ciência, economia, psicologia ou neurobiologia. /
Manter a atenção do público distraída, longe
dos verdadeiros problemas sociais, cativada por
temas superficiais. / Manter o público ocupado,
ocupado, ocupado..., sem nenhum tempo para
pensar. / Extraido de "Armas Silenciosas Para
Guerras Tranqüilas"
2 - "CRIAR PROBLEMAS E DEPOIS OFERECER
SOLUÇÕES" / Éste método também é chamado:
"problema - reação - solução": Se cria uma "situação"
prevista para causar determinada reação no público,
com a finalidade de que éste seja o demandante das
medidas que se deseja impor. / Por exemplo: deixar
que se desenvolva e se intensifique a violência urbana,
ou organizar atentados sangrentos para
causar a impressão de que o público é demandante da
"política da segurança" com prejuizo das liberdades
individuais. / Provocar uma crise económica para conseguir
a aceitação como sendo "um mal necessário", o retrocesso
dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3 - "A ESTRATÊGIA DA GRADUALIDADE" /
Para fazer com que se aceite uma medida inaiceitável,
basta aplicá-la gradualmente, por contagotas durante anos
consecutivos. Foi dessa maneira que condições socio-económicas
radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as
décadas de 1980 e 1990. / Estado mínimo, privatizações, precariedade,
flexibilidade laboral, desemprego em massa, salários que já não
garantem ingressos decentes. / Tantas mudanças teriam provocado
uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma vez só, não da
forma gradual, como foi feito.
4 - "A ESTRATÊGIA DE DIFERIR" / Outra maneira
de se impor uma decisão impopular é, apresentá-la
como "dolorosa mas necessária", obtendo a aceitação
pública no momento atual, para uma aplicação futura. /
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro, que um sacrifício
imediato. Primeiro: porque o esforço não é empregado de
imediato. Segundo: porque o público, a massa, costuma
têr a tendência de pensar ingenuamente que: "tudo vai
melhorar amanhã", e o sacrifício exigido "poderá ser evitado". /
Isto da mais tempo para se acostumar com a idéia da mudança
e aceitá-la com resignação quando chegar a hora.
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