quarta-feira, 30 de junho de 2010

O RETRATO - FALADO

retrato-falado - lápiz

retrato falado - lápiz

retrato falado - lápiz

O PRIMEIRO RETRATO FALADO / Possivelmente ninguém tenha ouvido falar de Percy Legroy Mapleton. No entanto Mapleton como seu peculiar retrato ocupam um lugar de destaque na história da criminalistica e da investigação policial moderna. Ele ficou conhecido como o "assassino da ferrovia", apelido criado pela imprensa da época. Em 1881, Mapleton esteve envolvido na morte de duas pessoas enquanto viajava no trem que fazia o trajeto Londres- Brington. Apesar de interrogado varias vezes, não conseguiram provas para incriminá-lo e foi libertado. Pouco tempo depois um novo cadáver foi achado próximo a ferrovia, e novas pistas apontaram Mapleton como culpado. Foi distribuida uma descrição detalhada que foi publicada no "Daily Telegraph". Com a ajuda de um desenhista e de várias pessoas que conheciam Mapleton, fizeram um desenho com seu aspecto. Este foi o primeiro retrato-falado da história que foi estampado num cartaz com a chamada "Procura-se" e distribuido por toda a Inglaterra. O resultado não foi animador pois a grande espectativa mediática originada, fez com que centenas de Mapleton fossem vistos por todo o país. Finalmente ainda que não pelo retrato falado, Mapleton foi preso. Muito vaidoso e insatisfeito com a forma como aparecia no primeiro retrato-falado da história, preocupou-se de que o ilustrador encarregado de cobrir o julgamento o desenhase bem parecido, com aparência serena. Declarado culpado foi executado em 29 de novembro de 1881. O retrato-falado passou a fazer parte das investigações policiais por todo o mundo.

retrato falado - lápiz

Chuck Close - retrato - crayon sobre papel

Chuck Close - autorretrato

retrato-falado - lápiz

Chuck Close - retrato - crayon sobre papel

retrato falado - lápiz

Chuck Close

retrato-falado - computação gráfica

Chukc Close / retrato - crayon sobre papel

retrato-falado - lápiz

retrato falado - lápiz

retrato-falado - lápiz

computação gráfica

TECNOLOGIA FAZ O RETRATO-FALADO FICAR QUASE IGUAL A FOTOGRAFIA / A computação gráfica permite fazer um retrato-falado que se aproxima da realidade, aumentando as chances de reconhecimento. A maneira de fazer os retratos-falados mudou. Os desenhos se mantem, mas as figuras são quase fotográficas. A imagem colorida é montada a partir de um banco de dados da própria policia. O perito monta o retrato no computador, onde ele tem um arquivo com o biotipo tipicamente brasileiro. O primeiro passo é escolher o formato do rosto, depois são inseridos os olhos, o nariz e a boca. É feita a montagem e o aprimoramento, até se chegar o mais próximo possível do real. Antes disso, o retrato era feito a mão, por desenhistas. Com o banco de dados existentes no departamento de arte forense, fica muito mais fácil a pessoa bater o olho e reconhecer o suspeito. O desenho feito a mão não foi totalmente abandonado no trabalho de identificação. No departamento de investigações criminais de São Paulo, por exemplo, há quase 20 anos, trabalha um perito muito experiente que supera qualquer computador. Esse género de desenho, nunca foi valorizado como trabalho de arte, correspondendo mais a área técnica, e considerado como serviços prestados por un funcionário da polícia, e não por um artista plástico. No entanto, é necessário conhecer anatomia e posuir razoável prática na arte do desenho, conhecimentos próprios da formação do artista plástico, para se realizar um retrato convincente. A substituição do lápiz pela eletrónica, despersonaliza a técnica do retrato, embora facilite o reconhecimento. O pintor hiperreralista Chuck Close, tem utilizado a fotografia 3 X 4, relacionada com o retrato-falado e as fotos dos documentos de identidade, como base para a realização dos seus retratos gigantes em superficies de grandes dimensões que chegam a ultrapassar os 3 metros. No desenho imaginário de uma identidade, onde cobra destaque o fator psicológico, podemos perceber a habilidade do desenhista, qualidade esta que desaparece na computação, com a eliminação do desenho artesanal.

computação gráfica