quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um desenho vale por mil palavras, dizem os chineses. Desenhar é construir uma ideia com outros instrumentos diferentes das palavras. / Paradoxalmente, quando tentamos definir essa ação primária que é o desenhar, a confrontamos com outra linguagem. Essa linguagem na qual estamos submersos, prescinde das palavras. / A pesar da poluição visual nos movimentamos num mundo deconceitos. / Tal vez este seja o principal motivo que nos aproxima dos desenhos de Andrés Casciani. Eles propõem outro tipo de reflexão não digo nova, pois a palavra nova já é velha. Elaborados com a urgência e a irreverência que nutrem a sua juvenil energia, são uma explosão, um vulcão em plena erupção. / Nas suas figuras lateja algo de trágico e violento. São feitos com a mesma substância com que se faz um poema. / Andrés ama desenhar. Esta paixão tem o acompanhado sempre. Já passou a prova de fogo na sua formação artistica, perante as acadêmicas testemunhas de Marcelo del Campo (mais conhecido como Marcel Duchamp), as quais não conseguiram o "evangelizar". Tampouco o distrairam outros cantos de sereia. / Seu vóo só está começando. Certamente no decorrer dos anos, teremos muitas outras provas do seu talento. / O mais importante de estes seus belos desenhos, é que contem a semente do que virá. Luis Scafati - 2008

DIA GRIS - nanquim e guache

ESTAMPIDA - tinta

SOLDADITOS - nanquim e colagem

SOLDADITOS - nanquim -

ICO ICO - nanquim e guache -

FULBO - nanquim

DIA GRIS - nanquim e guache

CRUZ - tinta

CABEÇA - tinta - 2007

ICO ICO - nanquim e guache - 2008