terça-feira, 22 de setembro de 2009

HANS BELLMER / O DESENHO
HANS BELLMER / Katowice - Polônia 1902 - París - França 1975 / Desenhista, escultor e fotógrafo. Por volta de 1925, e residindo na Alemanha, ficou conhecido pela realização de bonecos tamanho natural representando fêmeas adolescentes em poses pornográficas. Bellmer é um virtuoso, conhecedor do desenho renascentista, e ligado aos surrealistas. Foi um dos principais cultores da denominada "arte erótica", e um retratista medido e precisso na técnica do crayón. / Em 1926 trabalhou como designer para sua agência de publicidade. / Depois de se opor as idêias do partido Nazi a respeito da arte, e declarar que nunca faria qualquer trabalho para o novo estado alemão, começa seu projeto de "bonecos", inspirado nos bonecos de madeira europeus do século XVI. Os "bonecos-manequins" surgem como uma crítica ao automatismo e o "culto ao corpo perfeito", dominante na Alemanha da época. / Em 1936, finalmente seu trabalho e considerado "degenerado", sendo forçado a fugir para a França. Acolhido por André Breton, publica suas fotografias na revista surrealista "Minotaure". Durante a guerra participa da Resistencia, preso e confinado a prisão "Camp des Mille", só seria libertado em 1940. Finalizado o conflito, viveu o resto da vida em París.

Retrato de Will Grohman - sangüina sobre papel manteiga - 36 x 36 cmts. - 1954

Retrato de Wilfredo Lam - lápiz - 40 x 32 cmts.

Retrato de Man Ray - lápiz - 40 x 32 cmts. - 1957

sem título - nanquim / bico de pema - 22,5 x 17 cmts. - 1941

sem título - lápiz - 23,5 x 22 cmts.

sem título - lápiz - 17 x 11 cmts. - 1944

sem título - lápiz - 19,5 x 13 cmts. - 1932

"L'embryon rouge" de A. Baudelaire - litografia - 25 x 30 cmts. - 1948

Retrato de Victor Brauner - lápiz - 38 x 32 cmts.

Retrato de Marcel Duchamp - lápiz - 28 x 28 cmts. - 1959

sem título - lápiz - 22 x 16 cmts.- 1958

sem titulo - lápiz - 22 x 16 cmts. - 1959

"A Sade" - gravura / metal - 19,6 x 14,2 cmts. - 1961

do livro: "Os desenhos de Hans Bellmer" - aguaforte - 22 x 19 cmts.

Retrato de Michel Simon - lápiz - 27,5 x 23 cmts.

Retrato de Jean Arp - lápiz - 41 x 32 cmts.

"Pequeno Tratado de Moral" - litografia - 1968

Retrato de Albert Camus - lápiz - 15 x 10 cmts. - 1959

A Pétala - lápiz - 24 x 32 cmts.

Pequenas Crianças e a Morte - litografia - 24 x 20 cmts. - 1969

A Batalha - lápiz - 24 x 32 cmts.

O Erotómano - lápiz - 24 x 32 cmts.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

HINA MATSURI
(Festival das Bonecas ou Dia das Meninas), dia 3 de março. / Antes chamada de yayoi, no seu sekku, era um dia dedicado a purificação do espírito. A tradição tem origem em um costumes chinés onde as pessoas escreviam males e infortúnios em bonecas para depois jogá-las no rio, para que elas levassem embora todos os maus fluídos.
O Hina Matsuri é uma comemoração em nome da felicidade e saúde das meninas. O ícone do Hina Matsuri é o altar (hinadan) de bonecas (hinaningyo) vestidas com trajes da corte do período Heian. / Esta montagem tradicional surgiu no final do período Edo (1603 - 1868), quando as bonecas ainda serviam de amuletos para espantarem o mal.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TAIZI HARADA / Japão

TAIZI HARADA - Suwa, provincia de Nagano - Japão 1940

"A captura de gafanhotos" - 65,5 x 53,5 - acrilica sobre tela

As flores desabrocham na aldeia da montanha em primavera. As pessoas intensificam suas tarefas de preparação para o inverno, no arrozal junto à montanha coberta com folhas avermelhadas. As casas aglomeradas ao longo do beira-mar parecem estar observando uma familia se banhando no mar. Através das obras de Taizi Harada, parece que se ouve o canto dos pássaros, o sussurro da correnteza do riacho ou as vozes das crianças cantando e, até pode-se sentir o aroma da terra e do mar. / O Sr Harada continua pintando os quadros sobre os temas de "terra natal" e "as quatro estações" do Japão. A maioria das obras que se expõem aqui refere-se aos quadros que o autor pintou baseando-se, cada um, nas cem canções japonesas escolhidas pelo público do Japão. / Ele viajou por todo o território japonês para aprofundar a essência dessas canções. Esta viagem foi um projeto que, em alguns momentos, apresentou certas dificuldades. No entanto, ele conclui esta tarefa sob seu forte espírito de que "queria transmitir para o século XXI as canções infantis e escolares que hoje são cantadas com menos frequência". Taizi Harada divulgou suas obras através de uma série semanal intitulada "O Mundo de Taizi Harada" nas páginas do jornal "Asahi Shimbun", durante dois anos e meio desde 1982, com muito éxito junto ao público. / SHIN-ICHI HAKOSHIMA / Diretor Presidente de The Asahi Shimbun.

"O ano novo" - 65,5 x 53,5 - acrílica sobre tela

"A montanha de cogumelos" - 0,43 x 0,35 - acrílica sobre papel

"O tempo maravilhoso" - 0,43 x 0,35 - acrílica sobre papel

"O campo dourado no crepúsculo" - 0,35 x 0,43 - acrílica sobre papel

"O crepúsculo do final de outono" - 65,5 x 53,5 - acrílica sobre tela

"A paisagem nevoada de Hakone" - 65,5 x 53,5 - acrílica sobre tela

"A flor que desabrocha na chuva" - 0,35 x 0,31 - acrílica sobre papel

"O dia que antecede o inicio da primavera" - 0,35 x 0,31 - acrílica sobre papel

"Empinar papagaios" - 0,35 x 0,31 - acrílica sobre papel

"Brincadeira de casinha" - 0,26 x 0,26 - acrílica sobre papel

"A montanha de maio" - 0,45 x 0,45 - acrílica sobre papel

"O luar opaco" - 0,35 x 0,31 - acrílica sobre papel

"O ritual da mudança da estação" - 0,35 x 0,31 - acrílica sobre papel

"Vozes alegres" - 0,65 x 0,53 - acrílica sobre tela

"O pequeno super mercado" - 0,35 x 0,31 - acrilica sobre papel

OS POETAS - Marcus Mello - Brasil
O FILHO DO MATADOR DE BOI Ilustrações: Trimano

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

MARCUS MELLO - Rio de Janeiro 1971
A TRILHA SONORA DO FIM DO MUNDO
Imundo mundo medonho
O medo canta junto aos pássaros / E no quintal as lavadeiras choram / Num gemido único / Vai confundindo orquestrando quem ouve a melodia, / Trilha sonora do fim do mundo, / Mundo sem sabão: / Imundo mundo medonho. // No canteiro da algonquiana coragem / Alguns soldados penados resistem, / Entrincheirando a ré das novas mistificações / Onde pássaros são bichos de guerra lenta / Em mar tranqüilo de trissos e canções: - Armamentos sacrários despertando anjos distraídos / Que desentendem a marcha do dia em oratórios explosivos.

Ilustração para o poema "A trilha sonora do fim do mundo" - nanquim